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Escola de Inverno: Interdisciplinaridade e Economia Política

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ISCTE-IUL, 25 de Janeiro de 2018

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No âmbito do Primeiro Encontro Anual de Economia Política, aceitam-se inscrições para a Escola de Inverno que será dedicada ao tema da interdisciplinaridade.

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Esta Escola de Inverno propõe-se discutir as vantagens e os desafios da interdisciplinaridade para uma melhor compreensão dos fenómenos económicos, entendendo que estes são configurados por factores de ordem social, política, jurídica, cultural, tecnológica e ecológica, em contextos institucionais, históricos e geográficos específicos. Entre outras, procura debater as seguintes questões: Em que consiste a investigação interdisciplinar? O que a distingue da investigação disciplinar, multidisciplinar ou transdisciplinar? Quais os principais benefícios? Quais os desafios da investigação interdisciplinar? Que tipo de relações se pode estabelecer entre as ciências sociais e humanas? E entre estas e as ciências naturais? Que temas de investigação de Economia Política requer abordagem interdisciplinar?

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A equipa docente é constituída por: Ben Fine (SOAS); Helena Guimarães (ICAAM, Universidade de Évora; Cost Action INTREPID); e Vítor Neves (FEUC e CES, Universidade de Coimbra). Os resumos das intervenções de cada um dos docentes são apresentados no final desta página.

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A Escola é composta por duas sessões. Cada sessão é constituída por duas partes, uma expositiva e a outra de discussão em que os estudantes são incentivados a debater os temas tratados com o docente.

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Para facilitar a discussão, os estudantes receberão antecipadamente uma sebenta com textos de apoio para cada sessão.

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Destinatárias/os

 

Estudantes de licenciatura, mestrado, doutoramento, e outra/os investigadora/es com trabalho nas áreas temáticas do curso.

 

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Candidatura/inscrição

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Potenciais interessados deverão enviar uma carta de intenções (1 página) para o email eaep2018@iscte-iul.pt, apresentando-se e expondo a relevância da Escola de Inverno para a sua investigação, e que será utilizada na seleção da/os candidata/os.

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Valor da inscrição: 20 euros

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Nota: Os proponentes que se inscrevam na Escola de Inverno terão acesso à conferência, não tendo necessidade de fazer mais do que uma inscrição.

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Datas Importantes

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22 Dezembro 2017: Envio da carta de intenção

30 Dezembro 2017: Notificação de aceitação

15 Janeiro 2017: Inscrição e pagamento

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Resumos das intervenções de cada docente
 

BEN FINE: Economics and Interdisciplinarity: One Step Forward, N Steps Back

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Mainstream economics has become more interdisciplinary in its scope of application than, arguably, any time previously. This raises a number of issues. First is why should this be so. Second is whether this represents a major break with its erstwhile intra-disciplinary character (as the science of the market). Third is how this relates to what have previously been major points of criticism of the mainstream – its lack of realism, and its disregard for methodology and alternative schools and history of economic thought. Fourth, what light does this shed on the nature of economics as a discipline today.

 

Answers to these questions will be addressed through tracing the trajectory of mainstream economics from the marginalist revolution of the 1870s to the current phase of what I have termed economics imperialism (the colonisation of other social science by economics). Emphasis will be placed on the historical logic of economics imperialism, how its historical confinement to supply and demand on the market, created a theoretical content that logically had universal application. As a result, if not inevitably, the discipline has witnessed the triumph of microeconomics (and econometrics) over other fields and methods. It has done so to such an extent and with such an acceptability that its corresponding principles can be applied, however inconsistently, with those of other disciplines and fields through a process termed suspension.

The trajectory of economics (imperialism) will be traced through three different phases. It will be illustrated by a number of examples.

 

 

HELENA GUIMARÃES: Contexto geral sobre Interdisciplinaridade e desafios

 

A definição de interdisciplinaridade não é estanque e uniforme. Mediante o contexto científico e cultural a sua definição muda ligeiramente. A minha intervenção vai começar por aqui. O primeiro objectivo será mostrar como o próprio conceito de interdisciplinaridade pode induzir a um processo de reflexão sobre a construção da ciência. Compreender o que são disciplinas é o primeiro passo para compreender como desenvolver interdisciplinaridade e, mais importante ainda porquê.

 

Mediante o interesse da Escola na relação entre ciências naturais, sociais e humanos, vou trazer exemplos de investigação (sobre gestão de recursos naturais) onde se utilizaram abordagens inter- e transdisciplinares.

 

Finalmente, pretendo promover o diálogo através da explicação do processo de investigação transdisciplinar, apresentação do papel do facilitador de inter- e transdisciplinaridade e a realização de um exercício prático curto.

 

VÍTOR NEVES: Economia Política e Interdisciplinaridade

 

Procurarei, em primeiro lugar, contribuir para uma clarificação da questão da definição de “interdisciplinaridade”. Em segundo lugar, apresentarei as razões por que, em meu entender, a interdisciplinaridade é indispensável no quadro de qualquer investigação em Economia Política. Num terceiro momento, analisarei dois modelos ideais sobre o que deve ser a prática da interdisciplinaridade no estudo dos problemas “económicos”: o modelo multidisciplinar e o modelo transdisciplinar. Finalmente, proponho-me suscitar uma discussão sobre a questão dos obstáculos intelectuais e institucionais à adopção de práticas interdisciplinares na Economia Política.

 

Tópicos de discussão:

1.Interdisciplinaridade: questões de definição.

2.Porque é a interdisciplinaridade indispensável?

3.Modelos de interdisciplinaridade

4.Obstáculos intelectuais e institucionais à adopção de práticas interdisciplinares na Economia Política

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